domingo, junho 17, 2007

Refém

Um passo, o abismo
Na mirada, tempo perdido
E esse cinismo
De uma vida encantada
Vai diluindo seu nobre sentido

Vida, amores, desencantos
Tantas dores! Tantos prantos!
Ofício, valores, falsos mantos
Eis minh’alma, Senhores
A vagar pelos cantos

E que faço dela?
Se não posso guiar
O que gosto, o que se espera
Onde se deve vagar
Mire a janela, logo compreenderá

Quem se importa?
A essência perdida
E nessa batida, quase não se nota
Que a triste mania de escapar não comporta
Os desatinos dessa vida descabida

Que é loucura?
Insegurança, dúvidas, temor
Sou refém de mim, auto-tortura
Meu algoz, meu tutor
Que de conselhos, fartura
Sem conseguir LibertaDor.

1 Comments:

At 2:40 PM, Blogger Mandy said...

Lendo esse texto essa poesia me lembrou de uma situação real na minha vida... A mania q as pessoas tem de escapar das coisas que lhe acontecem, principalmente dos seus sentimentos. Fugir é sempre a melhor saída? Será que não há uma outra forma de lidar com td? Com o que se sente? Será tão difícil para as pessoas assumirem o que querem, e tomar uma atitude? Fico cansada, de ter que sempre dá o "start". Não quero fugir, e quero que parem de fugir...
Amei amiga, lindo e profundo como sempre! Não esqueça de nunca, fechar seu coração...bjks

 

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